Educação Ambiental: trilhas interpretativas e ecoturismo

O município de Atibaia dista 65 Km de São Paulo, Capital. A região visitada está inserida em áreas protegidas, como, Área de Proteção Ambiental (APA) do Sistema Cantareira, Parque Estadual de Itapetinga (Serra de Itapetinga) e a Pedra Grande considerada Monumento Natural Estadual. O Parque Estadual do Itapetinga engloba 4 municípios: Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Mairiporã e Nazaré Paulista. Essas unidades de conservação (UC) são administradas pela Fundação Florestal. Para chegarmos ao início da trilha entramos no condomínio fechado Flamboyant do Bairro Arco Iris, próximo ao pouso de asa delta. Passamos pela portaria e seguimos pela Rua Lisboa até a Rua Vereador Moacyr Zanoni. Estacionamos o carro ali e seguimos pela trilha da Deusa. Nesse dia, um sábado ensolarado de setembro/2017, fazia muito calor e os bambeiros havia semanas tentavam debelar um fogo. A vegetação é classificada como floresta semidecidual de altitude, inserida no bioma de Mata Atlântica. A trilha é considerada de média dificuldade e possui 5 Km ida e volta, demorando 4 h para ser percorrida, com altitude de 1418 m. Logo na subida encontra-se um pequeno córrego para matar a sede e se refrescar. Porém, não sabemos informar da potabilidade da mesma. Segundo o relatório fotográfico elaborado pela ONG Simbiose (2007), a Serra de Itapetinga possui uma vegetação endêmica, ou seja, que é encontrado apenas no local, podendo ser destacado Hippeastrum damazianum (Amarílis), orquídea Epidendrum ellipticum, bromélia Dickia pseudococcinea e outras espécies que vegetam em "ilhas de solo", conforme pesquisa realizada pelo Profº Dr. Sérgio Tadeu Meireles-USP), sobrepostas a afloramentos rochosos, denominados de refúgios xéricos. Para aqueles que procuram aliar o lazer ao estudo da flora através de um passeio ecológico, é possível encontrar espécies arbóreas/arbustivas/rasteiras das famílias das Amaryllindaceae, bignoniaceae, lauraceae, fabaceae, bromeliacea, orchidaceae entre outras, inclusive algumas dessas espécies consideradas em perigo de extinção. Ressalta-se que por ser considerada uma área protegida por lei (Categoria pelo SNUC como Proteção Integral) é proibido a retida de material botânico ou qualquer outro tipo de material vivo. Colaborem com a limpeza do local recolhendo lixos encontrados na trilha. Organizem equipes de limpeza e de educação ambiental. Não façam fogo e nem joguem bituca de cigarro. Ensinem as crianças desde cedo a dar valor no seu meio ambiente e a conhecerem a fauna e flora regional. Ajudem a preservar esse ecossistema tão importante para nossa região. Denúncias, ligue: 11-4402-3533 (Administração do Parque em Atibaia) ou Polícia Militar Ambiental de Atibaia (11-4418-2892).

Localização pelo google maps: https://www.google.com.br/maps/@-23.1522513,-46.5347293,259m/data=!3m1!1e3?hl=pt-BR

Novas unidades de Conservação do Continuo da Cantareira (Fundação Florestal, 2011).

Imagem do Google Maps com localização da trilha interpretativa

Início da trilha e ao fundo o condomínio fechado Flamboyant

Parada para descansar

Nome popular: Jacaranda Bico de Pato. Identificação botânica: família fabaceae, espécie Machaerium nyctitans

Nome popular: Guaçatonga. Identificação botânica: família Flacoutiaceae, espécie Casearia sylvestris (Uso medicinal)

Nome popular: canela. Identificação botânica: família Lauraceae, espécie Nectanda sp

Nome popular: ipê amarelo. Identificação botânica: família bignoniaceae, espécie Tabebuia chysotricha

Nome popular: Fumo bravo. Identificação botânica: família solanaceae, espécie Solanum sp

Pausa para o descanso merecido

Vista da vegetação nativa do local

Vegetação nativa queimada

Espécie não identificada

Nome popular: carne de vaca. Identificação botânica: família Proteaceae espécie Roupala sp

Nome popular: capororoca. Identificação botânica: família Myrsinaceae, espécie Rapanea sp

Nome popular: Xaxim. Identificação botânica: família Dicksoniaceae, espécie Dicksonia sellowiana

Subida da Pedra Grande

Nome popular: Chico Pires. Identificação botânica: família fabaceae, espécie Pithecolobium incuriale

Nome popular: cambará. Identificação botânica: família compositae, espécie Gochnatia polymorpha

Vista geral da Pedra Grande

Bromélias

Orquidea, espécie endêmica, encontrada em ilhas de solo

Espécie não identificada

Amarilis (Hippeastrum damazianum), espécie endêmica, encontrada em ilhas de solo

Ilha de solo sobrepondo afloramento rochoso

Vista da encosta da Pedra Grande

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Bibliografia consultada:

1) Composição florística da Floresta Semidecídua de altitude. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abb/v3n2/v3n2a06.pdf; Acesso em: 15/10/2017

2) Mapa das Novas Unidades de Conservação do Continuo da Cantareira. Disponível em: http://www3.ambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/2011/03/29/%E2%80%9Cmeio-ambiente-em-acao%E2%80%9D-mostrara-importantes-iniciativas-da-secretaria-do-meio-ambiente-a-criacao-de-quatro-novas-unidades-de-conservacao-ucs-na-regiao-da-cantereira-e-o-congelame/ Acesso em: 15/10/2017

3) Relatório fotográfico - ONG Simbiose (2007): Disponível em: http://www.espiral.fau.usp.br/e-arquivos-projetos/e-pedragrande/PEDRA%20GRANDE/Relat%C3%B3rio%20de%20Amea%C3%A7as%20e%20Impactos%20Ambientais%20da%20Serra.pdf Acesso em: 15/10/2017

4) Disponível em: http://www.ceo.org.br/onde/itapetinga.htm Acesso em: 15/10/2017

5) Disponível em: http://www3.ambiente.sp.gov.br/parque-itapetinga/sobre-o-parque/ Acesso em: 15/10/2017

6) Disponível em: http://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/parques-e-reservas-naturais/parque-estadual-do-itapetinga/ Acesso em: 15/10/2017

7) Disponível em: http://rolandopedraeasfalto.blogspot.com.br/2011/08/trilha-da-minha-deusa-pedra-grande.html Acesso em: 15/10/2017

8) Disponível em: http://www3.ambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/sistema-de-areas-protegidas-do-continuo-da-cantareira/ Acesso em: 15/10/2017

9) Espécies em perigo de extinção - IB/SMA, disponível em: http://www.ambiente.sp.gov.br/2016/06/07/instituto-de-botanica-atualiza-lista-de-especies-de-flora-em-extincao/ Acesso em: 15/10/2017

10) Lista das espécies em perigo de extinção/MMA, disponível em: http://www.mma.gov.br/biodiversidade/especies-ameacadas-de-extincao/flora-ameacada Acesso em: 15/10/17

11) Identificação botânica das espécies: Lorenzi, H. - Árvores Brasileiras, volumes I, II e III, Editora Plantarum - Nova Odessa - SP.

Nessa trilha iremos reconhecer algumas espécies nativas comumente encontradas na Serra da Mantiqueira. A área motivo de estudo localiza-se no município de Delfim Moreira-MG, bairro do Góes. Foi utilizada imagem de satélite do Google Earth (Figura 1) e levantamento topográfico do IBGE escala 1/50.000 (Figura 2). Os Solos são arenosos, profundos e ácidos, classificados como latossolo vermelho-amarelo. Altitude na bacia variando de 1.200 a 1.970 m. Para registro do material botânico foi utilizada maquina fotográfica com zoom ótico e analógico de 50x e 200x respectivamente. Para identificação das espécies nativas utilizou-se os seguintes livros: Arvores Brasileiras volume I, II e III e Plantas Medicinais no Brasil - Harri Lorenzi. Também, foi pesquisado artigo científico "Caracterização Florística de Vegetação de Floresta Ombrófila Mista Alta Montana, Campos do Jordão-SP", baixado em: https://www.cea-unesp.org.br/holos/article/view/1373/1138

Figura 1 - Imagem de satélite do Google Earth - 2017

Figura 2 - Levantamento topográfico do IBGE - escala 1/50.000, com limite em vermelho de microbacia hidrográfica do Córrego do Goes, afluente do Rio Sapucaí; e círculo amarelo, área de estudo.
ftp://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/folhas_topograficas/editoradas/escala_50mil/itajuba27113.pdf